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    DIA MUNDIAL DO DIABETES - A enfermagem no cuidado dos pacientes com diabetes

     O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 em resposta à preocupação com o crescente número de diagnósticos no mundo. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting,  um dos descobridores da insulina em 1921.

     

    A enfermagem no cuidado dos pacientes com diabetes será tema do Dia Mundial do Diabetes 2020. A proposta busca incentivar esses profissionais que atuam diretamente nos cuidados das pessoas e ressaltar o papel do enfermeiro na luta pela prevenção e diagnóstico precoce do diabetes e/ou de suas complicações agudas e crônicas. É de conhecimento público que o mau gerenciamento da doença, seja por falta de educação em diabetes, acesso limitado a cuidados ou condições não diagnosticadas, resulta em complicações devastadoras e incapacitantes. Nesse cenário, uma equipe de enfermagem bem treinada, faz toda a diferença nos desfechos clínicos e na melhoria dos indicadores assistenciais. No ambiente hospitalar, por exemplo, o profissional da enfermagem é quem fica diretamente, no cuidado e educação das pessoas com diabetes, mostra de que maneira devem ser feitos os curativos, atua na prevenção, ensina sobre o manuseio de medicamentos, como a insulina, cuida das feridas dos pés e muitas outras funções importantes para a educação e saúde da pessoa com diabetes. Entre as diversas funções de equipe de enfermagem no tratamento da pessoa com diabetes, podemos destacar:


    •  Orientação sobre monitorização glicêmica e insulinoterapia;

    •  Avaliação e cuidados com os pés;

    •  Tratamento de lesões;

    •  Educação em diabetes para o autocuidado.


                Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a falta de conhecimento sobre a doença afeta toda a população. Isso porque os sintomas da diabetes, muitas vezes, passam despercebidos ou possuem sinais leves (estima-se que 50% dos pacientes que atualmente vivem com diabetes não é diagnosticada).

    Deixado sem tratamento ou sem controle, o diabetes pode levar a complicações que mudam a vida:

    incluindo cegueira, amputação de membros, insuficiência renal, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e até AVC. Segundo o IDF (Federação Internacional de Diabetes), o diabetes foi responsável por mais de quatro milhões de mortes em 2019.


                Estima-se cerca de 463 milhões de diabéticos no mundo (9,3% da população adulta), e esse número poderá chegar a 578 milhões em 2030. No Brasil,  o Diabetes atinge 16,8 milhões de pessoas tendo um aumento de mais de 60%, na última década.

                 

    O maior responsável por esta pandemia é o estilo de vida moderno. O consumo diário e excessivo de açúcares/ carboidratos  está relacionado com o maior risco de DM (mesmo sem o paciente ganhar peso) e tem ocorrido desde a infância. Isto é observado pelo aumento do  Sobrepeso de 16% para 50% nos últimos 30 anos.

                 

    SINTOMAS

                 Nas fases iniciais da doença (5 a 10 anos do desenvolvimento), até 50% das pessoas diabéticas desconhecem tê-la, pois na maioria das vezes ela é pouco sintomática. Quando presentes, os sintomas mais frequentes são sede, urina excessivo, turvação visual, cansaço, perda de peso inexplicado e infecções frequentes.

    CONSEQUENCIAS: 

                Risco de doenças do coração, cérebro e vasos periféricos é até 5 vezes maior em relação àqueles sem diabetes. Estas complicações são responsáveis por grande parte dos paciente em diálise (acomete de 20 a 40% dos diabéticos) e representa sozinha, 5,2% das causas de morte no país,

                Tem havido aumento significativo destas complicações com o passar dos anos e este aumento pode ser explicado em razão da demora diagnóstica, do não acompanhamento adequado, da falta de acesso ao sistema de saúde e as novas terapias.


    PREVENÇÃO E TRATAMENTO  

                Medidas baseadas em adequação de hábitos de vidas (MEV), representada por alimentação adequada e atividade física regular são capazes de reduzir em 58% o risco de pessoas com glicose pouco alterada (prédiabetes) em desenvolver DM em 6 anos de seguimento. Aliado às medidas farmacologias e acompanhamento por profissionais capacitados (médicos, enfermeiros, educadores físicos, nutricionistas), conseguimos prover uma saúde semelhante aos não-diabeticos e assim evitar as complicações. Para isso, o APRENDIZADO SOBRE DIABETES E ESSENCIALMENTE SOBRE OS CUIDADOS QUE O DIABÉTICO DEVE TER são fundamentais. Nesse ponto a valorização da equipe de enfermagem bem treinada é de extrema importância, pois representam a promoção a saúde evitando complicações e promovendo assim anos de vida saudável e produtivos.




     Conteúdo de:  Dr. João Batista J Ben,  ENDOCRINOLOGISTA e MEDICINA INTERNA

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