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    HCR 43 anos: Dr. Eglê relata o início desta jornada em prol da saúde hospitalar

     O médico com 43 anos de profissão vivenciou os fatos ocorridos desde o início

    “Proporcionar assistência médica hospitalar ao povo em geral mediante remuneração compatível. Proporcionar o maior número de leitos gratuitos aos doentes e assistência social. Colaborar com a pesquisa e o ensino”. Estes eram os objetivos expostos na Ata número 01 da Assembleia Geral de Constituição da Sociedade Hospitalar Beneficente de Marau, redigida dia 20 de fevereiro de 1976.

    Os objetivos após 43 anos completados nesta quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019, continuam os mesmos e são resultado da consolidação do Hospital Cristo Redentor.  A Ata ainda informava que “a Sociedade Civil não teria fins lucrativos e empregaria seus bens e resultados no aprimoramento do atendimento médico e no desenvolvimento da pesquisa”. Os critérios se perpetuam conforme proposto naquele ano.

    Quem fala sobre o assunto é o Dr. Eglê André Pinto de Almeida, que atua no HCR há 43 anos, desde seus primeiros pilares.  São muitos fatos interessantes para contar:

    “Em 1975 surgiu a ideia, compartilhada com alguns empresários influentes da cidade. Embora não haja pilar mais importante do que o outro, já que faltando um pilar a casa pode cair, houve três empresários destaques: seu José Fuga, seu Idalino Possa e seu Antônio Saggin. Além dos empresários destaques, muitas outras pessoas também influentes  da comunidade aderiram a causa, como os integrantes da família Roso, o atual presidente do HCR Adelar Confortin, que na época era vereador, e o Dr. Ivo Roncatto, que como médico, teve influência e foi um dos presidentes da Sociedade Beneficente Hospitalar. A Prefeitura também colaborou na época, cedendo dois funcionários municipais que o HCR não precisaria pagar pelos seus serviços.

    Houve uma aceitação da comunidade e graças a isso, surgiu a ideia de arrecadar fundos para a construção do hospital.  Foi realizada a venda de títulos, na época com  o custo de 3.500 cruzeiros. Quem comprava tinha direito a descontos hospitalares e médicos e internação em apartamentos e não quartos coletivos. Foram vendidos centenas de títulos desde o início. O terreno escolhido para a construção (área atual onde o HCR está instalado) pertencia a família Fuga.

    Houve controvérsias para a construção por um motivo que hoje seria indiscutível: a dificuldade que as pessoas teriam em subir a “lomba” até o hospital.  Uma parte do terreno era de formação rochosa e foi dinamitado para o inicio da construção.  Na época a prefeitura fez o calçamento de parte da Rua Bento Gonçalves, subida em direção ao hospital, pois o trajeto era de terra batida.  Além disso, a Câmara de Vereadores ausentou o HCR de qualquer pagamento.  Ainda foi feita a rifa de um veículo Passat, também para angariar fundos para a construção. Muitos foram os destacados quando falamos em colaboração e é impossível citar todos, embora gostaríamos de fazê-lo.

    Os colaboradores, denominados “sócios ativos”, também se envolveram no empreendimento sem remuneração e até hoje participam das reuniões da Sociedade Hospitalar e têm direito ao voto. Como sociedade democrática, qualquer munícipe pode integrar o quadro de colaboradores (sócio ativo), desde que peça.

    Uma curiosidade foi a forma de escolha do nome do hospital.  Foi realizada uma consulta popular e o nome que fosse sugerido e aceito pela diretoria ganharia um refrigerador. Assim surgiu “Hospital Cristo Redentor”.

    Na década de 80 batalhamos por incorporar o atendimento à rede pública. No ano de 1984 conseguimos. Embora o pagamento dos serviços seja escasso, houve algo que ajudou: o fato da sociedade ser beneficente e atender rede pública. Assim conseguimos do Governo na época, aparelho de ultrassonografia, radiologia, elevador, verbas para melhora das instalações ambulatoriais, centro obstétrico e bloco cirúrgico.

    O Hospital Cristo Redentor deu certo porque Marau é uma cidade, em comparação às demais do mesmo porte, que mais representa progresso.

    Atualmente, foi incorporado aos serviços hospitalares a CEDIL, MOT e o Laboratório Exatus, que trouxeram grande auxílio no atendimento aos pacientes, tanto em tecnologia, quanto em pessoal.  Agora, o HCR tem o Pronto Atendimento 24h pela rede pública, único da cidade e o atendimento privado. Dispõe para a população  de 95 leitos, destes 57 para SUS.  Ressaltamos que até hoje, nunca houve a não internação de um paciente do SUS por falta de leitos.

    Foram presidentes da sociedade até hoje os senhores, José Fuga, Ivo Roncatto, Eglê André Pinto de Almeida, Telmo Juarez de Césaro, Adroaldo Ribeiro, Julcimar Zanin, e o atual Presidente Adelar Confortin que gere a Sociedade e o Hospital em conjunto com o Presidente do Conselho Deliberativo Antônio Roso, e o Administrador Marcelo Borghetti.”

     

     

     

     

     

     

     

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